Financiamento público
ABERTURA DA PÁGINA 10 DE ZH DOMINICAL
"As denúncias de compra de votos e as dificuldades para financiar as campanhas eleitorais convenceram os deputados estaduais gaúchos de que a reforma política precisa ser aprovada para valer já em 2010. E que deve incluir o financiamento público de campanha, o voto em lista fechada e a fidelidade partidária. Um manifesto assinado pelos 55 deputados, defendendo a reforma política, será entregue na próxima quinta-feira ao presidente Lula e ao ministro da Justiça, Tarso Genro.
O deputado Raul Pont (PT), que deveria liderar o grupo, não poderá participar do encontro porque estará em Sevilha, na Espanha, em um debate sobre Orçamento Participativo. Elvino Bohn Gass (PT) vai substituir Pont no grupo que deverá contar com representantes de todos os partidos.
O manifesto dos gaúchos vai encontrar terreno fértil no Ministério da Justiça. O ministro Tarso Genro é um dos maiores entusiastas da reforma política em geral e do financiamento público de campanhas em particular.
Um estudo feito pelo secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Pedro Abramovay, mostra que a existência de coligações na eleição para vereador distorce a vontade do eleitor. O estudo foi feito em diversos Estados, para justificar a necessidade da reforma política.
Em Porto Alegre, por exemplo, o PC do B e o DEM, que concorreram aliados a outros partidos, não elegeram vereadores, mas se não existisse o instituto da coligação teriam conquistado duas cadeiras cada um. Graças à coligação com o PC do B, o PPS elegeu três vereadores. Sozinho, não teria nenhum. PT, PMDB e PDT teriam feito uma cadeira a mais se não fossem as coligações.
Os defensores do voto em lista sustentam que ele é o melhor caminho para o fortalecimento dos partidos. Para garantir a renovação no Legislativo, o deputado Giovani Cherini (PDT) sugere que a proposta a ser encaminhada ao Congresso limite a reeleição a dois mandatos no mesmo cargo."
Postado por Rosane de Oliveira às 17h00
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