Quem sou eu
- MOISÉS PEDONE
- Um apaixonado pela vida, família, amigos e política. Atualmente Presidente do Partido Progressista e Vereador do Município de Mostardas. Sejam bem vindos ao BLOG!
domingo, 28 de novembro de 2010
8ª FEIRA DO LIVRO - SUCESSO!
EDUCAÇÃO INFANTIL FAZ APRESENTAÇÃO AOS PAIS
sábado, 27 de novembro de 2010
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
PAGAMENTO ANTECIPADO
domingo, 21 de novembro de 2010
EXPORTAÇÃO DO ARROZ EM ALTA, MESMO COM REAL VALORIZADO
O volume de exportações no mês de outubro alcançou 61,7 mil toneladas, com destaque para a retomada das vendas do arroz beneficiado, em razão da recuperação dos preços do cereal no mercado internacional. As vendas de arroz beneficiado alcançaram 22,8 mil toneladas, que representou quase 37% do total exportado no mês.
No acumulado de 2009, (março/10 a outubro/10) as vendas externas totalizaram 394 mil toneladas, com média mensal de quase 50 mil toneladas. O perfil do produto exportado teve forte predominância do arroz quebrado, que representou 61% das operações, enquanto o arroz beneficiado, que influencia na precificação do mercado interno, correspondeu a apenas 26 % do volume total escoado. No mesmo período do ano anterior, o total exportado no mesmo período atingiu 720,6 mil toneladas, com o beneficiado representando 61% das vendas.
O faturamento com as vendas externas caiu consideravelmente, justificando a alteração do cenário internacional, mas principalmente, a questão cambial. Enquanto no ano passado as vendas externas geraram US$ 223,02 milhões de dólares, neste ano, no mesmo período, o faturamento caiu para apenas US$ 95.3 milhões de dólares, refletindo a grau de dificuldade para viabilizar a exportação brasileira do cereal.
A realização de leilões de PEP, agora autorizados, e que possibilitam o escoamento para o mercado externo, deverá ampliar o volume de exportações do arroz beneficiado e naturalmente, favorecer a recuperação do mercado interno, ainda nesta entressafra.
As importações em outubro atingiram um volume expressivo de 112,5 mil toneladas, e no acumulado anual, 703,9 mil toneladas, com um crescimento de 21% sobre igual período do ano anterior. A média mensal foi de 88 mil toneladas, em 2010, que para os próximos meses deverá ser mantida ou até ligeiramente abaixo, devido a menor disponibilidade de produto no Mercosul até o início da nova safra.
Fonte: IRGA/VP Mercado Federarroz – 19/11/10
sábado, 20 de novembro de 2010
COMUNIDADE QUILOMBOLA QUITÉRIA DO NASCIMENTO, NA CASCA, RECEBE TITULAÇÃO DE PROPRIEDADE
Autoridades presentes
Público presente
A história de dois séculos que envolve a regularização do terreno de 2,3 mil hectares, simbolicamente concluída no Dia da Consciência Negra, teve início quando a proprietária, Quitéria Pereira do Nascimento, decidiu beneficiar seus escravos. Quitéria era casada com Francisco Lopes de Mattos, com quem não teve filhos. Segundo relatos dos descendentes, embora o casal tivesse escravos, não os tratava como tal.
— Os dois eram muito religiosos. Consideravam nossos antepassados como pessoas que trabalhavam para eles. Vários até tinham casas para morar — conta a aposentada Ilza de Matos Machado, 68 anos, moradora da região e responsável pelo conselho fiscal da comunidade quilombola de Casca, como a área localizada junto ao km 95 da RST-101 é conhecida.
Já viúva, Quitéria se mudou para Porto Alegre e deixou os 23 empregados negros vivendo na antiga sesmaria. Doente, antes de morrer decidiu registrar em testamento a decisão de dar aos escravos a liberdade e a posse da terra onde viviam — 64 anos antes da abolição da escravatura no país. Apesar da intenção da fazendeira, o benefício jamais resultou em um registro em cartório. A área foi invadida inúmeras vezes nas décadas e nos séculos seguintes, e os moradores precisaram conviver com a ameaça de serem expulsos do terreno.
Essa situação vai mudar às 11h de hoje, 186 anos após a elaboração do testamento, com a entrega do título de propriedade dos primeiros 1,2 mil hectares do total de 2,3 mil. O restante está em processo de desapropriação.
Condições modestas
Autoridades esperadas para a cerimônia, como o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, vão encontrar cerca de 250 pessoas vivendo em condições modestas. Contam com água e luz, os mais velhos vivem do dinheiro da aposentadoria como agricultores, mas boa parte dos mais jovens se vê obrigada a trabalhar em outras fazendas para sobreviver. O plantio próprio de variedades como milho e batata serve apenas à subsistência.
Faltavam condições de cultivar lavouras rentáveis, como arrozais. Há pouco mais de um ano, apenas, receberam equipamentos como trator e debulhadora de milho. Outras famílias preferiam arrendar o terreno, o que a partir de agora fica proibido.
— Temos intenção de formar uma cooperativa e dar início ao plantio de arroz. Mas o mais importante é que agora teremos um documento para deixar para nossos filhos e netos dizendo que essa terra tem dono — afirma o presidente da Associação Comunitária Dona Quitéria, o agricultor aposentado Diosmar Lopes da Rosa, 82 anos.
A tentativa de regularização ganhou força em 1999, com a organização dos moradores em uma associação, e em 2001, quando receberam o reconhecimento como comunidade quilombola por parte da Fundação Cultural Palmares. A Casca foi uma das primeiras áreas de remanescentes de quilombos do Estado a conseguir esse reconhecimento, o primeiro passo para obter o registro de propriedade. O último será dado hoje, quando o sonho registrado em testamento há dois séculos sair do papel. quem não teve filhos. Segundo relatos dos descendentes, embora o casal tivesse escravos, não os tratava como tal.