Socialista disse que Lula está “se sentindo o Todo-Poderoso” e profetizou vitória de Serra na eleição
Mesmo antes de ser oficialmente excluído da disputa pelo Planalto, o deputado federal Ciro Gomes já começa a fazer estragos na base governista com declarações ácidas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. – Lula está navegando na maionese. Ele está se sentindo o Todo-Poderoso e acha que vai batizar Dilma presidente da República. Pior: ninguém chega para ele e diz ‘Presidente, tenha calma’ – disse Ciro, em entrevista ao site de notícias IG.
Um dos temores da cúpula do PSB ao abandonar a candidatura de Ciro era justamente esse: que ele, no jargão popular, caísse atirando – no caso, carregando nas críticas a Lula e ao PT, aliados preferenciais de seu partido. Na terça-feira, o PSB deverá sepultar de vez suas intenções de concorrer em outubro.
A Dilma, Ciro dedicou previsões sombrias. Disse considerar José Serra (PSDB) mais preparado e projetou uma vitória tucana na disputa presidencial:
– Minha sensação agora é de que o Serra vai ganhar esta eleição. Dilma é melhor do que o Serra como pessoa. Mas o Serra é mais preparado, mais legítimo, mais capaz. Mais capaz inclusive de trair o conservadorismo e enfrentar a crise que conheceremos em um ou dois anos.
Decepcionado e convencido de que não conseguirá concorrer, o deputado cearense adiantou que não terá disposição para se engajar na campanha de Dilma.
– Não me peçam para ir à televisão declarar o meu voto, que eu não vou. Sei lá. Vai ver viajo, vou virar intelectual. Vou fazer outra coisa – disse.
PSB já entregou lista de exigências para apoio
À noite, em entrevista ao SBT, Ciro reforçou as críticas à ex-ministra. Disse ter “ficado arrepiado” com os primeiros movimentos políticos de Dilma. Em visita a Minas Gerais, a petista chegou a projetar uma votação mista entre Antonio Anastasia (PSDB) ao governo mineiro, e ela, à Presidência, o que apelidou de “Dilmasia” – provocando reações do PMDB e PT locais.
– Os primeiros movimentos dela já me deixaram de cabelo em pé, ela não tem experiência política – alfinetou.
Enquanto tenta acalmar Ciro, o PSB se volta para a construção da aliança com Dilma. Até uma lista de exigências está sendo colocada aos petistas. Em troca da adesão, o partido reivindica o apoio do PT nos Estados. Os socialistas querem que o PT libere partidos da base aliada, como o PR e o PC do B, para apoiar candidatos do PSB a governos estaduais. A lista de pleitos foi entregue ontem à coordenação da campanha da ex-ministra.
O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, reuniu-se ontem pela manhã, por mais de duas horas, com Lula. Saiu do encontro dizendo que Ciro terá de aceitar a decisão do partido sobre o destino de sua candidatura.
Uma das reivindicações do PSB é em relação a São Paulo, onde o partido disputará o governo do Estado com o empresário Paulo Skaf. Os socialistas querem que o PT libere o PC do B e o PR para fazer aliança em torno de seu candidato. No Espírito Santo e no Rio Grande do Sul também querem que o PT autorize o PC do B a apoiar seus candidatos ao governo do Estado – o senador Renato Casagrande e o deputado Beto Albuquerque, respectivamente.
Um dos temores da cúpula do PSB ao abandonar a candidatura de Ciro era justamente esse: que ele, no jargão popular, caísse atirando – no caso, carregando nas críticas a Lula e ao PT, aliados preferenciais de seu partido. Na terça-feira, o PSB deverá sepultar de vez suas intenções de concorrer em outubro.
A Dilma, Ciro dedicou previsões sombrias. Disse considerar José Serra (PSDB) mais preparado e projetou uma vitória tucana na disputa presidencial:
– Minha sensação agora é de que o Serra vai ganhar esta eleição. Dilma é melhor do que o Serra como pessoa. Mas o Serra é mais preparado, mais legítimo, mais capaz. Mais capaz inclusive de trair o conservadorismo e enfrentar a crise que conheceremos em um ou dois anos.
Decepcionado e convencido de que não conseguirá concorrer, o deputado cearense adiantou que não terá disposição para se engajar na campanha de Dilma.
– Não me peçam para ir à televisão declarar o meu voto, que eu não vou. Sei lá. Vai ver viajo, vou virar intelectual. Vou fazer outra coisa – disse.
PSB já entregou lista de exigências para apoio
À noite, em entrevista ao SBT, Ciro reforçou as críticas à ex-ministra. Disse ter “ficado arrepiado” com os primeiros movimentos políticos de Dilma. Em visita a Minas Gerais, a petista chegou a projetar uma votação mista entre Antonio Anastasia (PSDB) ao governo mineiro, e ela, à Presidência, o que apelidou de “Dilmasia” – provocando reações do PMDB e PT locais.
– Os primeiros movimentos dela já me deixaram de cabelo em pé, ela não tem experiência política – alfinetou.
Enquanto tenta acalmar Ciro, o PSB se volta para a construção da aliança com Dilma. Até uma lista de exigências está sendo colocada aos petistas. Em troca da adesão, o partido reivindica o apoio do PT nos Estados. Os socialistas querem que o PT libere partidos da base aliada, como o PR e o PC do B, para apoiar candidatos do PSB a governos estaduais. A lista de pleitos foi entregue ontem à coordenação da campanha da ex-ministra.
O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, reuniu-se ontem pela manhã, por mais de duas horas, com Lula. Saiu do encontro dizendo que Ciro terá de aceitar a decisão do partido sobre o destino de sua candidatura.
Uma das reivindicações do PSB é em relação a São Paulo, onde o partido disputará o governo do Estado com o empresário Paulo Skaf. Os socialistas querem que o PT libere o PC do B e o PR para fazer aliança em torno de seu candidato. No Espírito Santo e no Rio Grande do Sul também querem que o PT autorize o PC do B a apoiar seus candidatos ao governo do Estado – o senador Renato Casagrande e o deputado Beto Albuquerque, respectivamente.
Fonte: ClicRBS
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