Quem sou eu
- MOISÉS PEDONE
- Um apaixonado pela vida, família, amigos e política. Atualmente Presidente do Partido Progressista e Vereador do Município de Mostardas. Sejam bem vindos ao BLOG!
domingo, 19 de abril de 2009
Empresária cobra ética ao Congresso
A empresária Luiza Helena Trajano, presidente do Magazine Luiza, queixou-se dos escândalos e da má imagem do Congresso atual. Ela também cobrou a realização de uma reforma tributária.Vários políticos presentes responderam à crítica. O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) disse que não se pode generalizar. "Vocês não escutam falar que todos nós distribuímos passagem para Adriane Galisteu", argumentou. "Não que eu não gostaria..." completou, de brincadeira, provocando risadas da plateia.Luiza Helena continuou criticando o excessivo número diretores do Senado e dizendo que o Congresso tem de mudar a forma como lida com o dinheiro público. "O que queremos", disse, é que os que "são bons façam com que os que não são saiam de lá".Heráclito voltou a falar, dizendo que o Senado nunca teve 181 senadores - e que esse número devia-se a uma "malandragem feita pelo sistema" para elevar salários. Referindo-se ao ex-diretor-geral da Casa, Agaciel Maia, afastado por não declarar uma mansão à Receita Federal, disse que "ninguém fica naquela função por 14 anos sem ser papai-noel". Disse também que o Congresso toma medidas contra desvios de dinheiro público, como a adoção de maior controle sobre Organizações Não-Governamentais que recebem dinheiro público.O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP) defendeu-se dizendo que o Congresso está tomando medidas. Citou que, agora, todos os gastos com verbas indenizatórias estão explícitos na internet e que a Câmara vai adotar novas medidas para regular os gastos com viagens aéreas.Presente no encontro, o ex-presidente da Câmara Arlindo Chinaglia (PT-SP) também se manifestou, citando duas medidas que tomou - corte nas horas extras em R$ 74 milhões em dois anos e a venda da folha de pagamento da Casa para o Banco do Brasil por R$ 227 milhões.Sobre o assunto, também falaram o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro (PTB-PE), e o ex-presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN).Múcio defendeu a realização de uma reforma política e disse que as notícias sobre os escândalos envolvendo alguns políticos causam uma impressão falsa de que todos são assim. "O avião que cai é o que sai no jornal", argumentou. "Daqui a pouco, um deputado, um senador, não vai poder andar na rua", completou.Garibaldi Alves arrancou outras risadas da plateia dizendo que "não estava querendo falar de jeito nenhum" e que, agora, está com problemas com duas viúvas."Não fui acusado de nada até agora a não ser de ter ajudado uma viúva", afirmou, referindo-se à conversão em dinheiro de um crédito em passagens aéreas de R$ 118.651,20 para Marlidice Péres, viúva do senador Jefferson Peres, morto em maio de 2008. Para o TCU, o pagamento de parte desse valor foi irregular.Garibaldi disse que, diante da pressão da viúva, teria pedido um parecer a um procurador do Senado, na esperança de que fosse negado. O parecer, no entanto, foi favorável ao pagamento. "Tive de fazer e hoje estou às voltas com a outra viúva, a do dinheiro público."Ele disse ainda achar que isso é "muito pouco diante do que eu possa ter feito à frente do Congresso e do Senado", em especial em relação à independência que buscou em relação ao Executivo (Garibaldi devolveu, num gesto político, uma medida provisória à Presidência da República; a medida, no entanto, continuou tramitando).*O jornalista Haroldo Ceravolo Sereza viajou a convite da organização do evento
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